O NORTE 2020 lançou um novo concurso (AVISO NORTE 53-2020-01) para a atribuição de financiamento a ações de natureza coletiva que promovam a divulgação de bens ou serviços de empresas da região. Em causa está o apoio a iniciativas como feiras ou iniciativas de disseminação ou demonstração de produtos.

De acordo com o regulamento, são candidatos ao apoio associações empresariais, entidades privadas sem fins lucrativos, agências e entidades públicas, entidades não empresariais do sistema de I&I ou outras entidades sem fins lucrativos.

Se há projetos que nos fazem sentir confiança no futuro da medicina, o Digital Patient é um bom exemplo. Concebido pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e implementado no Hospital de São João, recorre ao conceito de big data para catalogar a informação que existe sobre cada paciente e formar uma “nuvem de palavras” que rapidamente permitem identificar o histórico do utente.

Investigadores do IPCA identificaram como oportunidade de negócio o desenvolvimento de um capacete que responde com maior eficácia e rigor a situações de plagiocefalia, que se refletem na assimetria do crânio de bebés. O passo seguinte foi juntarem-se, com o apoio do NORTE 2020, ao Instituto Superior de Engenharia do Porto e ao CeNTI para juntos criarem um software capaz de assegurar a recolha de dados e produzir um capacete à medida das reais necessidades de cada bebé.

Atualmente o lixo de uns é o luxo de outros. Mas para a Fibrenamics, uma plataforma internacional da Universidade do Minho, num futuro próximo o lixo será o luxo de todos. Isto porque os recursos naturais não duram para sempre e já há provas que há resíduos que dão boas matérias-primas. Para fechar toda a cadeira de valor, a Fibrenamics apostou na organização de um “Green Think Tank”, que juntou criativos na conceção de produtos feitos a partir de resíduos.

A equipa do “U.Norte Inova” testemunha que os projetos implementados em consórcio estimulam mais os resultados. A parceria, que juntou as Universidades do Porto, do Minho e de Alto Trás-os-Montes e a TechMinho, tem vindo a fazer o matching entre as necessidades tecnológicas de empresas e a produção de conhecimento nestas instituições.

A Fórum Oceano – Associação da Economia do Mar tem concentrado esforços na internacionalização de mais de 50 empresas da região com atividade relacionada à economia do mar. A auscultação dos mercados externos, a promoção de reuniões bilaterais e a realização de workshops tem permitido que os empresários associados alinhem melhor as suas apostas na internacionalização, explica Carla Domingues, Gestora de Projetos da Fórum Oceano, sempre de olhos bem postos no mar.

Nesta parceria, a jovem empresa siosLIFE desafiou o PIEP - Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros, o Centro de Computação Gráfica e a Universidade do Minho a trabalharem em conjunto num software inovador que, aplicado a um tablet ergonómico, assegura maior qualidade de vida aos idosos. O resultado está já nas mãos de muitos seniores e seus familiares, que usam o serviço para fazerem telefonemas, medirem parâmetros de saúde, detetarem quedas e localizarem pessoas em tempo real.

O “SIMPROVE – The Biomedical Simulation Centre”, um produto aplicado à simulação médica, junta no mesmo consórcio uma empresa, uma faculdade e um laboratório associado e é prova de que trabalhar em equipa compensa. Neste investimento, apoiado pelos fundos da União Europeia, a STI Medical, a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e o INESC TEC aperfeiçoam em conjunto um produto inovador que aproveita a realidade virtual e aumentada para treinar médicos e futuros médicos a intervirem em pacientes.

A Cooperativa Dolmen tem em curso o projecto “Economia Ativa no Douro Verde” para apoiar a criação de novas empresas e capacitar as existentes nas áreas de agro-pecuária e produtos locais. O investimento está a ser implementado em territórios de baixa densidade, e que inclui várias freguesias de Amarante e Marco de Canaveses e os concelhos de Baião, Resende e Cinfães com o objetivo de fixar a população e combater a desertificação.

A Associação BLC3 – Campus de Tecnologia e Inovação está a provar que não há fronteiras na transferência de conhecimento e quer fazer da região do Douro sinónimo de empreendedorismo. A partir do concelho de Alfândega da Fé, e com a parceria do município e o envolvimento da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e do Instituto Politécnico de Bragança, tem prestado apoio, nos últimos 4 meses, a 10 ideias de negócio e pretende nos próximos meses dobrar o número, sempre com o objetivo de fixar massa crítica na região.